Confrontos com o Azerbaijão matam quase 50 soldados armênios; Putin interfere
O Azerbaijão também reconheceu “baixas” nos confrontos, mas não divulgou um balanço. A Rússia diz ter negociado um cessar fogo para esta terça-feira.
Foto: Karo Sahakyan/PAN Photo via AP

Ao menos 49 soldados armênios morreram em confrontos na fronteira com o Azerbaijão, anunciou o primeiro-ministro armênio nesta segunda-feira (12). Esses foram os combates mais violentos entre os países rivais desde a guerra de 2020 pela disputa na região de Nagorno-Karabakh.
“No momento, temos 49 mortos e, lamentavelmente, não é o número definitivo”, disse o primeiro-ministro Nikol Pashinyan ao Parlamento.
O Azerbaijão reconheceu “baixas” nos confrontos, que começaram durante a noite, mas não divulgou um balanço.
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Foto de arquivo mostra familiares enterrando corpo do militar armênio Mkhitar Beglarian, morto nos conflitos em Nagorno-Karabakh. Sobre o caixão, a bandeira do território separatista — Foto: Sergei Grits/AP Photo
“Os combates continuam”, afirmou Pashinyan no Parlamento, antes de indicar que “a intensidade das hostilidades diminuiu” durante a manhã.
A Rússia anunciou nesta terça-feira que negociou um cessar-fogoe entre Armênia e Azerbaijão.
“Esperamos que o acordo alcançado como resultado da mediação russa sobre um cessar-fogo a partir da 9h de Moscou (3h00 de Brasília) de 13 de setembro seja totalmente implementado”, afirmou o ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado, que destaca a “extrema preocupação” com a retomada dos combates.
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Militares do Azerbaijão desfilam no marco de um ano da guerra de Nagorno-Karabakh em 8 de novembro de 2021 — Foto: Aziz Karimov/Arquivo/Reuters
“Fazemos um apelo às partes para que se abstenham de uma nova escalada”, completa a nota.
Desde o final de 2020 foram registrados confrontos esporádicos entre os dois exércitos, incluindo um na semana passada, quando a Armênia acusou o país vizinho de matar um de seus soldados em combates na fronteira.
Os novos confrontos demonstram como a situação é volátil entre as duas ex-repúblicas soviéticas rivais do Cáucaso e ameaçam acabar com o frágil processo de paz mediado pela União Europeia.